A iniciativa do primeiro “ABRAT na rua” foi da diretoria da Associação e o projeto foi viabilizado com a presença de voluntários de Minas e do Rio
Boa parte das atuais cabeças pensantes da ABRAT estava na Faculdade de Direito ou começava os primeiros passos na advocacia nos tempos da discussão de um “Direito achado na rua”, expressão que Roberto Lyra Filho inventou na primeira metade dos anos 1980 e que identificava um verdadeiro movimento de renovação do pensamento jurídico no Brasil naquela época. Foi ali que surgiram nomes de vanguarda, como Roberto Aguiar, Miguel Pressburguer, José Geraldo de Sousa Júnior, dentre outros. Foi também nesse período que surgiram escritórios de advocacia popular importantes, como o GAJOP (em Pernambuco) e o IAJUP (Rio de Janeiro), sem falar a ação pastoral dos setores mais progressistas da Igreja Católica. Todos estes nomes e instituições se caracterizavam por inverter a lógica tradicional da atuação profissional na área do Direito e colocar o seu conhecimento à disposição dos vulneráveis, sobretudo dos pobres.
 
Nesta terça-feira, 09/09/2014, o que se viu em Belo Horizonte foi uma reminiscência interessante dessa receita libertária. Durante uma manhã inteira, desde as primeiras horas do dia até as 13 horas da tarde, mais de uma dezena de advogados trabalhistas prestaram assessoria jurídica na Praça 7, epicentro de Belo Horizonte. A pauta eram os direitos da empregada doméstica. O público eram trabalhadores e empregadores. Em mesas instaladas ao ar livre, em um dos quarteirões fechados da praça, os advogados deram consultas a todos os interessados.
 
A iniciativa deste primeiro “ABRAT na rua” foi da diretoria da Associação Brasileira de Advogados Trabalhistas e o projeto foi viabilizado com a presença de profissionais voluntários de Minas e do Rio de Janeiro.
 
A experiência foi sucesso e chamou atenção da imprensa mineira. Jornais impressos, emissoras de TV e de rádio fizeram a cobertura do evento.
 
A ABRAT, com mais esta iniciativa, demarca a sua posição de associação com atuação diferenciada, em prol da classe e também da população. O advogado trabalhista, por sua vez, sente-se cada vez mais valorizado.
 
“ABRAT na rua”: um projeto que veio para ficar!!!